Em termos metodológicos, construímos um inquérito por questionário de auto-aplicação que colocámos online. São as informações recolhidas deste modo que constituem o substrato para apresentação e discussão dos resultados.
Estamos cientes das limitações decorrentes da metodologia e do número de respondentes validados (50), pelo que este estudo tem uma natureza exploratória e os seus resultados são apenas válidos para estes respondentes, podendo eventualmente fornecer pistas em relação à sensibilidade dos portugueses em relação a esta temática.
Caracterização dos respondentes
Este estudo conta com a participação válida de 50 pessoas, cuja distribuição por sexo identificou 24 homens e 26 mulheres.
Responderam ao inquérito pessoas entre os 15 e os 50 anos, sendo que a média da idade dos inquiridos foi 28,7 anos. Em relação à escolaridade, 76% dos respondentes apresenta formação superior.
Admite-se algum enviesamento nos resultados que decorre desta situação, e do facto do questionário ser respondido online, pelo que apenas indivíduos com apetência, e acesso a sistemas informáticos e à internet poderiam fazer parte dos respondentes. De realçar ainda o condicionamento decorrente do “sitio” onde o inquérito foi disponibilizado (este blog), sendo o acesso possível via twitter, linked in, e o próprio blog. Ora, este facto torna mais provável que pelo menos alguns respondentes estejam directa ou indirectamente ligados à problemática da Higiene e Segurança.
Dados mais relevantes
Uma das questões apresentadas, reportava ao sector profissional com maior incidência de acidentes mortais
Gráfico 1 – Distribuição dos acidentes de trabalho mortais em Portugal por sectores de actividadeA profissão identificada como a que susceptível de maior risco de sinistralidade é a de operário da construção civil (48%), seguida da de operário pirotécnico (18%), operário metalúrgico (12%), e mineiro (10%). Também neste caso não se verificaram grandes discrepâncias relativamente aos dados oficiais.
Gráfico 2 – Profissões com maior risco de sinistralidade
Gráfico 3 – Principais Causas de morte
Embora neste caso não possamos confrontar os dados com estatísticas, o facto é que estes resultados vão de encontro aos princípios gerais da prevenção e “legitimam” a obrigatoriedade da formação em Higiene e Segurança e o reforço da fiscalização que se tem verificado nos últimos anos.
Gráfico 4 – Medidas prioritárias para diminuir a sinistralidade laboral
Agradecemos a todos os que participaram no estudo!
Autores:
Mariana Santos
Mickael Silva
Rute Brites
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