Este blog foi criado com o intuito de servir de alerta para as questões de Higiene e Segurança no trabalho, por vezes de forma mais séria e informativa, outras vezes, recorrendo ao humor.


Friday, November 22, 2013

Friday, November 15, 2013

Karoshi e Karojisatsu

Karoshi é o termo Japonês para morte devido a excesso de trabalho.
Esta designação tem sido utilizada desde os anos 70. Em 1978 foram reportados 17 casos de Karoshi na 51ª reunião anual da Associação Japonesa de Saúde Industrial. Karoshi não é um termo médico puro, mas um termo sociomédico que se refere a fatalidades associadas ao trabalho devido a enfartes do miocárdio, acidentes vasculares cerebrais, ou falha cardíaca, agravados por grande carga de trabalho e longas jornadas de trabalho. Este fenómeno começou por ser identificado no Japão tendo sido o termo adotado internacionalmente. 

Casos típicos de Karoshi:
  1. O Sr. A trabalhava numa grande empresa de snack food, cerca de 110 horas por semana  (não por mês), tendo falecido de ataque cardíaco aos 34 anos de idade. O Labour Standards Office confirmou que esta foi uma morte relacionada com o trabalho.
  2. O Sr. B, um condutor de autocarro, cuja morte foi confirmada como estando relacionada com o trabalho, trabalhava mais de 3,000 horas por ano. O Sr. B não teve nenhum dia de folga nos 15 dias que antecederam o enfarte que teve aos 37 anos.
  3. O Sr. C encontrava-se empregado numa grande empresa de serviços de impressão em Tóquio, e trabalhava 4,320 horas por ano, incluindo trabalho noturno, tendo falecido devido a um enfarte aos 58 anos. A sua viúva recebeu uma indemnização 14 anos após a morte do marido.
  4. A Sra D, uma enfermeira de 22 anos, morreu de ataque cardíaco após uma jornada de 34 horas de trabalho contínuo, sendo esta a quinta vez que realizava esta jornada no período num mês.
Uma variação deste fenómeno é o suicídio relacionado com o excesso de trabalho e condições de trabalho stressantes, tendo surgido um termo específico para esta situação - Karojisatsu .
O Karojisatsu tornou-se um problema social no Japão em meados dos anos 80. Verificou-se que longas jornadas de trabalho, falta de controlo no trabalho, rotina e tarefas repetitivas, conflitos interpessoais, recompensas inadequadas, insegurança no emprego, e problemas organizacionais potenciavam riscos psicossociais no trabalho, podendo levar ao suicídio.

Medidas para prevenir Karoshi Karojisatsu
  1. Redução da jornada de trabalho e o trabalho excessivo: Esforços para reduzir as horas de trabalho, o trabalho tardio e o trabalho em feriados e fins de semana é essencial para prevenir carga excessiva de trabalho.
  2. Fornecimento de acompanhamento médico e tratamento adequado: Empresas, famílias e a sociedade num todo devem trabalhar para melhorar o nível de acompanhamento médico e acesso a cuidados de saúde adequados e mecanismos para prevenção de Karoshi e Karoujisatsu. Inquéritos sobre suicídio relacionado com o trabalho mostram que a maioria das pessoas cometem suicídio após sofrerem de alguma perturbação mental, incluindo depressão.
  3. Promoção de diálogo ativo e efetivo entre trabalhadores e empregadores para o desenvolvimento de procedimentos de trabalho saudáveis e eficientes: Actividades regulares que promovam o diálogo sobre a segurança e saúde e avaliações de riscos profissionais implementadas em conjunto por empregadores e trabalhadores são úteis na redução do risco de excesso de trabalho e stress relacionado com o trabalho.
Fonte. International Labour Organization





Mais informações sobre Karoshi e Karojisatsu
http://www.anroev.org/wp-content/uploads/2012/05/OSH-ALU-52.pdf

Tuesday, October 15, 2013

Motivação no trabalho

Wednesday, October 9, 2013

Friday, July 12, 2013

Participe - Consulta pública sobre o futuro da Segurança e Saúde no Trabalho na Europa



Foi lançada pela Comissão Europeia uma consulta pública 
para recolher pontos de vista e contributos do público na 
sequência da avaliação da estratégia europeia em matéria
de saúde e segurança no trabalho 2007-2012. 

A consulta deverá contribuir para identificar os desafios 

atuais e futuros no domínio da saúde e segurança no 
trabalho bem como as soluções para os enfrentar. 

Todos os cidadãos e organizações são convidados a 

participar nesta consulta, que se encontra aberta desde o 
dia 31 de maio até 26 de agosto de 2013. 

É esperado contributo de representantes de autoridades 

públicas dos Estados-Membros e de organizações de 
representação de trabalhadores e empregadores, bem 
como de partes interessadas e peritos no âmbito da 
saúde e segurança no trabalho.

Consulte aqui a avaliação da estratégia europeia em 

matéria de saúde e segurança no trabalho 2007-2012.


A consulta pública pode ser efetuada aqui.


Fonte: https://osha.europa.eu/pt



Thursday, July 4, 2013

Friday, April 5, 2013

Acidentes de trabalho e doenças profissionais em Portugal - ACT estima que morre um trabalhador por dia

A Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) avançou na passada segunda-feira que, em Portugal, se estima que morre diariamente uma pessoa devido a acidente de trabalho ou doença profissional.

Ainda de acordo com a ACT, há a registar igualmente a ocorrência de “incapacidades temporárias ou permanentes, com pesados custos económicos e sociais para as pessoas e a sociedade em geral”.

A nível mundial, acrescentou a ACT, as estimativas da Organização Internacional do Trabalho (OIT) apontam para “mais de dois milhões de mortes relacionadas com o trabalho”. E, sublinhou, as doenças profissionais “continuam a ser, a nível mundial, a causa principal das mortes relacionadas com o trabalho”.

A prevenção das doenças profissionais é, precisamente, o tema deste ano do Dia Mundial das Vítimas do Trabalho, que se assinala a 28 de Abril. Em Portugal, instituiu-se paralelamente, na mesma data o Dia Nacional de Prevenção e Segurança no Trabalho.

Até ao final do mês, a ACT vai promover junto de escolas, empresas, parceiros sociais e autarquias outras iniciativas semelhantes dedicadas à prevenção das doenças profissionais.

Fonte: www.publico.pt

Friday, March 29, 2013

CEN e CENELEC propõem criação de base de dados de acidentes e lesões

O Comité Europeu de Normalização (CEN) e o Comité Europeu de Normalização Eletrotécnica (CENELEC) uniram-se com o objetivo de propor à Comissão Europeia a criação de um sistema de base de dados europeia sobre acidentes e lesões. 

As organizações afirmam que o custo de um sistema desta natureza será compensado tanto pela redução do número de acidentes como pela redução dos custos dos cuidados de saúde relacionados. 

Todos os anos ocorrem 41 milhões de lesões, cujos custos de saúde anuais relacionados ascendem a 78 mil milhões de euros. 73% destes acidentes ocorrem em casa ou em lazer, principalmente na prática desportiva. 

Calcula-se que 250.000 pessoas sofrem anualmente lesões graves em acidentes de viação — em comparação com as 28.000 vítimas mortais resultantes de acidentes de viação em 2012. As lesões graves mais comuns resultantes de acidentes de viação são as da cabeça e cerebrais, seguindo-se lesões nas pernas e na coluna vertebral. 

Muitas lesões graves causam sofrimentos ao longo da vida ou incapacidade permanente. Os utentes da via pública mais vulneráveis (peões, ciclistas e motociclistas) ou pertencentes a determinados grupos etários, nomeadamente os idosos, são particularmente afetados por lesões graves resultantes de acidentes de viação. 

Para comemorar o Dia Europeu do Consumidor no passado dia 15 de março, 28 organizações, representantes de empresas, consumidores e área da segurança uniram-se para realçar a necessidade de combater a atual desordem da recolha de dados a nível dos acidentes, demonstrando a necessidade da criação de um sistema que permita informação comparada e fidedigna a nível europeu. 

Elena Santiago Cid, Diretora-Geral do CEN e do CENELEC, afirmou que uma abrangente base de dados pan-europeia de acidentes e lesões irá fornecer informações valiosas aos que desenvolvem e revêm normas europeias, permitindo identificar e avaliar os riscos específicos associados a determinados tipos de produtos, procurando formas de eliminar ou minimizar esses riscos.

Fonte: http://www.segurancaonline.com/

Thursday, March 21, 2013

Projeto Internacional de Promoção da Segurança e Saúde no Trabalho

A União Europeia, a Safework e a OIT lançaram um projeto comum: "Améliorer la sécurité et la santé au travail à travers l'agenda pour un travail décent", para promover a segurança e saúde no trabalho em 5 países: Honduras, Malawi, Moldávia, Ucrânia e Zâmbia, com duração de 3 anos.

Sunday, March 17, 2013

Friday, March 8, 2013

Friday, January 4, 2013

Acidentes de trabalho mortais no setor da Construção Civil em 2012


Em 2012 morreram 33 trabalhadores da construção civil, sendo que sete trabalhadores foram “mortos” por incumprimento de regras de segurança.
Em conferência de imprensa realizada dia 20 de Dezembro no Porto para apresentar o balanço da campanha 2012 alusiva à Higiene, Saúde e Segurança no setor da construção, Albano Ribeiro anunciou que “morreram 26 trabalhadores” no setor da construção e que foram “mortos mais sete” por falta de segurança em algumas empresas.
“É preocupante o desinvestimento que se está a verificar em muitas empresas do setor da construção, no que diz respeito aos meios de proteção quer individuais, quer coletivos, o que pode levar a que no próximo ano se verifique um grande aumento de acidentes mortais no setor”, alertou.
Albano Ribeiro admitiu que há empresas que “em nome da crise, obrigam os trabalhadores a pagar os meios de proteção” e denuncia que é “precisamente em empresas com este tipo de pensamento e desrespeito à lei vigente em relação às questões de segurança, onde mataram sete trabalhadores”.
“É preocupante o enorme desinvestimento que se está a verificar no setor em nome da crise, em relação às questões de higiene, saúde e segurança”, refere o sindicalista, acrescentando que as mortes naturais no setor também têm aumentado porque as empresas “não pedem exames médicos” aos trabalhadores, nem “avaliam” a forma física.
Segundo o Sindicato da Construção em Portugal houve um decréscimo de trabalhadores mortos este ano em relação a 2011 com a ajuda da campanha 2012, onde se realizaram “307 ações de sensibilização pedagógica alusiva à segurança, nas quais foram contactados 60 mil trabalhadores”.
Para 2013, o Sindicato da Construção de Portugal prevê incidir as ações e intervenção nas pequenas empresas, que “são as que menos cumprem as normas de segurança”.
Para o ano, Albano Ribeiro estima que o número de desempregados no setor vá aumentar "com mais alguns milhares de trabalhadores", caso não arranquem obras de requalificação da linha férrea e de requalificação nas cidades.
Fonte: www.ionline.pt